Aula magna: ministro Flávio Dino enfatiza importância do Supremo Tribunal Federal para a sociedade
Atividade foi organizada pela Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias, com apoio do C.A 22 de Agosto

“Eu aprendi que todos os dias um agente público tem que escrever no espelho do banheiro uma frase bíblica ‘Do pó viestes, ao pó retornarás’, porque é muito comum que a pessoa se perca na floresta das vaidades e nos signos de poder. E vocês que estão aqui fazendo Direito são aprendizes do exercício do poder, esse é meu último pedido: não se percam na ideia do poder, porque ele é um fantasma satânico que fica soprando no ouvido de vocês. Então, quando vocês se formarem, se orgulhem, mas lembrem-se que um diploma é compromisso com a constitucionalidade”.
Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal, no Tuca
Na noite de 24/2, com o Tuca totalmente ocupado pela comunidade interna e externa da PUC-SP, o ministro Flávio Dino foi recebido para a Aula Magna Controle de Constitucionalidade e Processos Estruturais. A atividade integra a recepção aos novos estudantes de 2025, que tem como tema geral Universidade Necessária: caminhos para a cidadania, excelência e pertencimento.
A Aula Magna foi promovida pela Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias (Pro-CRC), em parceria com o Centro Acadêmico 22 de Agosto. Antes de ir ao teatro se apresentar, o ministro foi recebido no gabinete da Reitoria.
Além do ministro, a mesa diretora dos trabalhos contou com a presença do reitor Vidal Serrano Nunes Jr., a vice-reitora Carla Reis Longhi e a presidente do Centro Acadêmico 22 de Agosto Laís Hera.
Durante a Aula, o ministro abordou temas como a regulamentação das redes sociais, o impacto das big techs e a importância do Supremo Tribunal Federal para a sociedade.
“Esta é uma marca do nosso tempo que veio para ficar: a ideia de alto protagonismo do poder judiciário no Brasil, principalmente porque nós estamos vendo as dificuldades próprias do mundo da política. Se a política não consegue resolver os problemas, isto vai para algum lugar. O supremo, ao meu ver, independente da coragem ou da opção teórica de cada julgador, está, entre aspas, condenado a arbitrar temas políticos, econômicos e sociais. Isso significa dizer que vamos continuar apanhando muito e, por favor, nos defendam, porque amanhã podem ser vocês.”
O reitor Vidal Serrano Nunes Jr. finalizou o evento afirmando que foi uma honra receber o ministro. “Para além dos dados curriculares do ministro, existe uma nota de muita peculiaridade: ele ficou 14 anos na magistratura, abandonou para seguir carreira política, foi deputado, governador e senador, voltou para o Supremo Tribunal Federal, ou seja, ocupou postos em todos os poderes e defendeu sempre as boas causas, como faz hoje. Ele é um exemplo para nós cristãos, para nós agentes do Direito. É uma honra tê-lo aqui hoje.”
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