Evento promove inclusão de jovens negras e negros

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Evento promove inclusão de jovens negras e negros

Afro Presença 2022 reuniu profissionais e educadores em discussão sobre inclusão no mercado de trabalho

por Cláudio Oliveira | 22/09/2021

“Ainda que tenhamos uma abolição formal da escravização, é patente que novas formas ou, formas atualizadas de escravização permanecem e impedem que jovens negras e negros acessem o mercado de trabalho de forma igualitária”, declarou a profa. Mônica de Melo, pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias da PUC-SP, durante a abertura do evento Afro Presença 2022.

A terceira edição do evento aconteceu nos dias 16 e 17 de setembro, com objetivo de apresentar e discutir questões inerentes à empregabilidade de jovens universitários negras e negros.

A PUC-SP atuou nesta e em outras iniciativas decorrentes da parceria com o Ministério Público do Trabalho, iniciada a partir da assinatura do Pacto de Inclusão Social de Jovens Negras e Negros Universitários no Mercado de Trabalho. O Pacto traz um conjunto de indicações para uma estratégia de equidade racial de inclusão que visa gerar transformações no cenário brasileiro a partir dos segmentos empresarial, de escritórios de advocacia, empresas de comunicação e publicidade, empresas de gestão de pessoas e universidades, a outra iniciativa é o Fórum contra o Racismo, que desde 2018 discute questões relacionadas aos temas estabelecidos no documento.

O prof. Pedro Aguerre, assistente especializado da Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias, que participou da mesa de encerramento do Afropresença 2022, recordou duas docentes negras que marcaram sua trajetória: “gostaria de homenagear duas professoras que foram muito importantes em minha trajetória, uma já não está mais entre nós, foi minha colega quando lecionava em um curso de Serviço Social, Mabel Assis, que me ensinou tanto sobre a luta da mulher negra no espaço do ensino superior e a prof. Josilldeth Gomes Consorte, Josi, que recebeu o título de professora emérita da Universidade. Ela é docente na PUC-SP desde que eu nasci, e olha que já não sou tão novo assim. Formou gerações de pesquisadores e pesquisadoras negros/as, que revolucionaram e ocuparam importantes espaços na produção e disseminação do conhecimento. Até se dizia que a PUC-SP tinha ações afirmativas, ainda antes de serem nomeadas assim, à medida que abriam espaços reais para formação de professores e professoras negras, que viriam a ocupar importantes espaços na educação nacional”, relatou o docente.