História: estudantes fazem atividade prática em exposição de Sebastião Salgado
Visita foi elaborada pelos profs. Fernando Londoño e Alberto Schneider, dentro das áreas de História da América e História do Brasil
A exposição Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado, atualmente em cartaz no Sesc Pompeia, serviu de sala de aula para estudantes do primeiro semestre de História da PUC-SP, dia 23/4.
O grupo esteve na exposição acompanhado dos professores Fernando Londoño e Alberto Schneider para realizar uma atividade da disciplina "História Americana antes da Conquista Europeia”.
“Planejamos a ida à exposição como uma experiência de contato, apreciação e reflexão por parte das alunas e alunos, com as imagens de um grande fotógrafo e uma cenografia composta sobre a Amazônia como lugar onde povos vivem há centenas de anos mantendo um equilíbrio com aquele bioma que hoje está sob ameaça”, afirma Londoño. O docente ressalta que o objetivo não era que o grupo apenas apreciasse fotos bonitas ou impressionantes da floresta e dos povos que ali vivem, mas que as entendessem como um chamado, uma tomada de posição sobre a responsabilidade de preservação da Amazônia, que é de todos nós como sociedade.
“Nosso objetivo formador é que os estudantes percebam a técnica, a estética e a posição desde onde o artista entrega uma realidade para o público que pede definições e respostas nossas como cidadãs e cidadãos”, afirma Londoño.
Ao visitar a exposição, os estudantes tiveram que selecionar uma foto e relacioná-la com outras duas para, a partir da consciência destas opções, compor uma reflexão própria.
O resultado será compartilhado na plataforma Teams e debatido com as turmas e com os professores Alberto Schneider e Fernando Londoño.
Nova consciência
Uma das estudantes que participou da visita ao Sesc Pompeia é Alana Marchioro Drapcynski. Ela conta que nunca tinha visto uma exposição de Sebastião Salgado antes e que considerou a atividade uma rica experiência de aprendizado.
“A atividade agregou muito conhecimento, porque Sebastião Salgado demonstra as culturas indígenas em toda sua pluralidade e complexidade. Esta nova perspectiva que desenvolvi graças à exposição vai, definitivamente, enriquecer a minha visão e a de meus colegas sobre as culturas indígenas, nos ajudando a ser mais consciente sobre a identidade, a religiosidade e a cultura destas populações”, afirma Alana.
A estudante ainda celebra outra oportunidade trazida pela atividade prática. “Depois do isolamento causado pela pandemia, foi bom poder novamente poder realizar algo um trabalho presencial em grupo.”