Por: Thaís Polato
As comemorações pelos 75 anos da PUC-SP, inaugurada em 22 de agosto de 1946, tiveram início neste dia 20/8, com a celebração de uma missa presidida pelo cardeal Odilo Pedro Scherer, grão-chanceler da Universidade, e com a presença da reitora Maria Amalia Andery, além de outros gestores e integrantes da comunidade universitária. A celebração foi realizada na capela da PUC-SP e contou com transmissão online (clique aqui para ver).
O padre Rodrigo Pires Vilela, coordenador da Pastoral Universitária, abriu a missa ressaltando o impacto da Universidade na vida de seus integrantes, mas também para fora dos seus muros. “Que os 75 anos que celebramos hoje possam servir de caminho e luz para os anos que virão pela frente. O impacto da Universidade não acontece somente em nossas vidas, mas também na vida da cidade e do país. Isso mostra que o trabalho de muitos homens e mulheres que se dedicam à PUC-SP faz sentido. Significa ainda que nós temos a oportunidade de dar sentido ao que o mundo nos oferece. Principalmente em momentos como os que estamos vivendo, desejamos que nossa presença ajude também muitas pessoas a fazerem deste mundo uma civilização com valores marcados pelo Evangelho”, afirmou pe. Rodrigo.
Dom Odilo celebrou a história da PUC-SP e destacou a importância da Universidade para a realização da missão da Igreja Católica na construção de um mundo de paz. “São 75 anos de muitos sonhos, realizações e de algumas frustrações. A PUC-SP carrega uma história, uma comunidade na qual todos, cristãos ou não, são chamados a fazerem sua parte, a fim de que a universidade também contribua para a edificação do Reino de Deus, um grande sonho que, se acolhido, não fará mal a ninguém, porque é de paz, justiça, luz, alegria, solidariedade e fraternidade. Esta é a razão de ser da nossa PUC-SP aos 75 anos”, afirmou o cardeal.
O grão-chanceler disse que a data é motivo de alegria, júbilo, agradecimento e de projetar o futuro próximo, “do qual somos construtores e protagonistas”. Afirmou que a PUC-SP é chamada a dar sua contribuição, à sua própria maneira, para a missão da Igreja Católica. “Quero destacar que é à sua própria maneira que a PUC-SP fará isso, ou seja, não como um colégio, uma paróquia ou um mosteiro, mas como universidade, que está aberta à universalidade de pensamentos, ao confronto de ideias e à colaboração e ao acolhimento. Todos estes são sinais da sociedade que desejamos, na qual em vez de brigar as pessoas dialoguem, busquem juntas soluções, estejam atentas às pessoas mais fragilizadas. Uma sociedade que viva em paz, não por passar por cima dos conflitos, mas por resolvê-los da melhor maneira”, ressaltou o cardeal.
“A PUC-SP, como comunidade acadêmica e ambiente cultural, pode ser uma imagem da sociedade que busca valores altos e que não se satisfaz em rastejar nas trevas, seguindo valores inconfessáveis. Pode representar, justamente, a busca de uma convivência de muitas diversidades, onde, enfim, reconhecemos as diferenças com respeito, mas tomamos consciência de que algo ainda mais importante nos une: somos todos humanos, filhos de Deus e revestidos de uma dignidade que ninguém nos deve tirar ou manchar”, finalizou Dom Odilo.
A reitora Maria Amalia agradeceu as palavras do grão-chanceler e disse ter se sentido plenamente representada por elas, às quais disse “agradecer, de coração”. “O sr. representou a PUC-SP como ela quer e pretende ser e o quanto tudo aquilo que desejamos à Instituição nós devemos à Igreja Católica e ao compromisso dela com a universidade, com a formação de consciências”, ressaltou a reitora. “Desde o surgimento das universidades, há 800 anos, a Igreja Católica esteve presente, oferecendo ao mundo, e não apenas à sua comunidade, as oportunidades que as instituições universitárias oferecem às sociedades. Esse compromisso nós sentimos na pele e a PUC-SP agradece à Igreja Católica por isso, pelo contínuo compromisso com a construção de uma universidade que, esperamos, tenha as características que o sr. indicou em sua fala”, afirmou a profa. Maria Amalia.
“As universidades são instituições para o bem, que pretendem formar pessoas com consciência coletiva, solidária, comprometidas com a justiça, a igualdade e a alegria de produzir conhecimento, reflexão e de causar impacto na vida das pessoas. Celebramos um momento muito especial. Embora eu não estivesse aqui quando a PUC-SP foi criada, em 1946, partilho da alegria de todos os que passaram pela sua história desde então. E hoje, junto com todos vocês, partilho a felicidade de fazer parte dessa comunidade que atravessa os tempos, há 75 anos”, destacou a reitora.
Programação
A celebração de aniversário da PUC-SP segue no próximo dia 24/8, com uma sessão solene. O evento pode ser acompanhado pelo youtube da TV PUC e pelo facebook oficial da Universidade.