Jornal da PUC-SP

O prof. Luiz Guilherme Arcaro Conci (na foto, à esq.), da Faculdade de Direito, coordena o projeto Democracia Inacabada na América Latina - erosão democrática entre o doméstico e o internacional, financiado pelo CNPq.

As atividades envolvem pesquisadores do Brasil, da Colômbia, do Chile e da Itália e serão desenvolvidas durante dois anos. O projeto conta com bolsas para pesquisadores seniores (com mais de 10 anos de doutorado) e juniores (mestrandos, mestres e doutorandos), todas implementadas na PUC-Chile (Faculdade de Direito), com períodos que vão de um a seis meses, além de três missões de uma semana.

Os participantes do projeto são da PUC-SP, PUC-Chile, PUC-Campinas, Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal do Pará, Universidade de Medelim e Universidade de Turim. Todos pesquisam a qualidade das democracias latino-americanas sob aspectos variados.

Leia a seguir entrevista com o prof. Luiz Guilherme Arcaro Conci, docente da Faculdade de Direito da PUC-SP (graduação, mestrado e doutorado), do Mestrado Profissional em Governança Global e Políticas Públicas Internacionais da PUC-SP e professor titular da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (graduação e mestrado).

JPUC – O que a participação de projetos internacionais como este significam de positivo para a Universidade?
Luiz Guilherme – A internacionalização das universidades, atualmente, tem sido um tema da mais alta importância para o cenário universitário brasileiro, ainda mais quando se dá de forma institucionalizada, com o financiamento entre órgãos de fomento (no caso CNPq), pois promove muito mais do que os pesquisadores envolvidos, promove as instituições envolvidas. Ela depende de projetos de difícil elaboração e execução, relatórios, avaliações por parte das agências e das próprias instituições. Sendo a PUC-SP a instituição sede, permite que tenhamos a possibilidade de usar tais dados para fomentar mais pesquisa e usá-los para avaliações internas e externas. Por outro lado, executarmos o projeto no Chile, com todos os pesquisadores com bolsas CNPq, e termos a segunda universidade mais bem avaliada no ranking QS, na América Latina (ficando atrás somente da USP), demonstra a qualidade do nosso empreendimento.

JPUC – Como é a experiência de coordenar uma pesquisa desse porte?
Luiz Guilherme – É uma honra e também uma enorme responsabilidade, que me satisfaz como professor e pesquisador, além de mostrar a qualidade da nossa Universidade. Estar à frente de um projeto aprovado pelo CNPq , com sete pesquisadores de regiões variadas do Brasil, três deles coordenadores de pós-graduações, e três deles em processo de formação (mestrado e doutorado), além de três estrangeiros com experiência, envolve grande responsabilidade. Faz a PUC-SP se integrar, ainda mais, no cenário nacional e internacional da pós-graduação e da pesquisa. Como coordenador do projeto, tenho como a responsabilidade fazer com que se implementem todos os eventos, livros, artigos, blog, etc, além de desenvolver uma pesquisa individual sobre captura de juízes por governos autoritários.