Documentário "Racismo: Gotículas Diárias de Violência" será exibido no CAM
Produção é co-dirigida pelos profs. Rosemary Segurado, Marcus Bastos e Osvaldo Silva e poderá ser vista na próxima edição do Cineclube Arlindo Machado, ligado ao curso de Comunicação e Multimeios

“Dá cadeia para quem me chamar de negro analfabeto / Só não dá cadeia para quem impõe o analfabetismo” (Nego Bispo, em Colonização, Quilombos)
O documentário Racismo: Gotículas Diárias de Violência será exibido dia 22/4, às 19h, em uma edição do Cineclube Arlindo Machado (CAM), no auditório Paulo Freire (no andar superior do Tuca).
A produção é fruto de projeto financiado pelo Conselho Episcopal da América Latina e do Caribe (CELAM) e pela Organização das Universidades Católicas da América Latina (ODUCAL), com foco nas experiências de preconceito racial no continente latino-americano. O documentário tem co-direção dos profs. Rosemary Segurado, Marcus Bastos e Osvaldo Silva.
A pesquisa foi realizada pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, Observatório do Racismo, cursos de Jornalismo e Comunicação e Multimeios. Contou com ampla pesquisa bibliográfica e documental para nortear o roteiro das entrevistas com negras e negros que compartilham suas vivências sobre as diversas formas de racismo e discriminação no Brasil, bem como as iniciativas e estratégias de superar a exclusão racial.
Pluralidade de olhares
O documentário discute o tema do racismo no Brasil, desde referências ao histórico das legislações conquistadas durante décadas de militância a um panorama de como diferentes perfis de pessoas negras viveram e vivem experiências de racismo e se relacionam com o tema, tanto do ponto de vista pessoal quanto em suas atuações profissionais.
O filme mistura entrevistas com pessoas de religião de matriz africana, advogados, professores, negros e negras das regiões periféricas das cidades, padres, pastores, jornalistas e militantes do movimento negro com fotos dos entrevistados em situações cotidianas.
Racismo: Gotículas Diárias de Violência procura evitar as formas estereotipadas de representação do tema, apresentando os diferentes entrevistados de forma a minimizar eventuais diferenças que possam haver entre eles.
Desta forma, valoriza a diversidade no discurso, fomentando uma pluralidade de olhares sobre o racismo, ao invés de enveredar por formas de representação que reforcem a maneira como certos setores da sociedade olham para pessoas que viveram e vivem em constante opressão, dos seus ancestrais e até nos dias de hoje.
Cineclube Arlindo Machado (CAM)
Racismo: Gotículas Diárias de Violência
22/4, 19h
Auditório Paulo Freire (andar Superior do TUCA)
Rua Monte Alegre, 1024
Evento aberto ao público em geral