
Durante os dias 12 e 13 de junho, docentes da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) participaram de uma capacitação intensiva sobre avaliação programática na formação médica. O treinamento, com carga total de seis horas e faz parte das ações da FCMS para qualificar seus processos pedagógicos.
Segundo a professora-doutora Antonianna Furtado Cavalcante, vice-coordenadora do curso de medicina a capacitação abordou um conceito cada vez mais relevante no ensino em saúde: a transição da avaliação da aprendizagem para a avaliação para a aprendizagem, que busca apoiar o desenvolvimento contínuo dos alunos, e não apenas mensurar seus conhecimentos.
O palestrante foi o professor-doutor Ruy Guilherme Silveira de Souza, docente da Universidade Federal de Roraima; doutor em Clínica Médica pela Unicamp na área de Ensino em Saúde; mestre em Educação de Profissões de Saúde pela Universidade de Maastricht, Holanda; membro da Associação Brasileira de Ensino Médico (Abem); consultor internacional em educação médica (Opas) e membro da AMEE (International Association for Health Profession Education).
Segundo ele, a avaliação precisa ser formativa e contínua e é necessário identificar qual o tipo de avaliação e o momento mais adequados para elas. Ele também defende que a formação dos profissionais da saúde deve ser voltada à comunidade. “Nosso compromisso não é com o aluno, é com o paciente que esse aluno vai atender”, destacou. “Não adianta dizer ao aluno que ele não tem competência para se formar, porque ele irá se graduar, independentemente da nossa opinião pessoal, às vezes até justificada. Temos a obrigação, não pelo aluno, mas pela comunidade, de ter esse compromisso de dar esse feedback”.
Ainda de acordo com o professor Ruy, outro ponto importante é que os docentes, no século 21, mudaram o conceito da “pirâmide”, segundo o qual “o bom” era o que estava no ápice da pirâmide. “Mostramos que podemos atingir a autenticidade profissional provada, garantida pela psicometria, mesmo com testes escritos”.