O Cineclube Arlindo Machado convida para a sessão especial "Nós que amamos futebol!", com exibição do documentário Geraldinos (2015), seguida de debate com o Prof. Dr. José Paulo Florenzano.
Data: 20 de outubro de 2025, Segunda-feira
Horário: 19h
Local: Auditório Paulo Freire / Andar superior do TUCA
Entrada: Aberta ao público e gratuita
Geraldinos investiga o fim da Geral do Maracanã, setor popular com ingressos acessíveis que foi extinto durante a reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014. Por meio de entrevistas com torcedores e ex-jogadores, imagens de arquivo e registros inéditos, o documentário questiona: quem tem direito ao futebol hoje?
O filme revela como a "modernização" dos estádios brasileiros impôs um novo perfil de torcedor — mais silencioso, consumidor, de classe média — e expulsou a população que historicamente lotava as arquibancadas. Mais do que futebol, Geraldinos expõe a elitização do espaço público e os processos de exclusão social na cidade do Rio de Janeiro.
Após a exibição, vamos discutir como a reforma dos estádios transformou a experiência de torcer no Brasil, o conflito entre torcidas organizadas que mantêm vivas as tradições populares e o novo modelo de "torcedor-cliente", além da relação entre gentrificação urbana e exclusão nos estádios. A conversa também abordará o empobrecimento da cultura futebolística brasileira e o que perdemos com essas transformações.
O debate será conduzido pelo Prof. Dr. José Paulo Florenzano, coordenador do curso de Ciências Sociais e professor de Antropologia da PUC-SP, além de membro do Conselho Consultivo do Centro de Referência do Futebol Brasileiro, no Museu do Futebol. Especialista em Antropologia Urbana e Sociologia do Esporte, Florenzano pesquisa a história política do futebol, jogadores rebeldes e a dimensão cultural do esporte no Brasil.
Programação
Geraldinos | 2015, Brasil
Diretores: Pedro Asbeg & Renato Martins
Duração: 1 hora e 15 minutos
Gênero: Documentário
Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: O documentário analisa os efeitos provocados pelas reformas que acabaram com a Geral no estádio do Maracanã, setor popular que possuía ingressos a preços mais acessíveis. A partir disso, pondera-se como a experiência do espetáculo de futebol neste espaço tornou-se reflexo da elitização e exclusão vista na cidade do Rio de Janeiro.
