Estudantes expõem trabalhos de iniciação científica

A comunidade teve acesso aos temas pesquisados em mostra de pôsteres

por Cláudio Oliveira | 07/11/2024

Impacto social e rigor científico são primícias para realização de pesquisas na PUC-SP, desde a graduação. O resultado pôde ser conferido na apresentação dos trabalhos expostos em pôsteres, pelos corredores do prédio novo, no campus Monte Alegre, ao longo de toda a tarde e início da noite de 5/11.

As apresentações são parte do 33º Encontro de IC aborda soluções e desafios para a sociedade do conhecimento, que teve início pela manhã no TUCA. (Clique aqui e leia a matéria sobre a cerimônia de abertura)

Nesta edição a PUC-SP celebra a crescente participação no programa de Iniciação Científica, que, em 2023, contou com 330 investigações envolvendo 580 estudantes e 268 orientadores. Os resultados serão apresentados nas 68 sessões de comunicações oral (salas online), que ocorreram  ao longo de todo dia 6.


Exposição de pôsteres

O que me motivou a perseguir este tema foi o fato de eu ser beneficiada pelo Prouni e depender da bolsa para estar no ensino superior, porém a partir das dificuldades minhas e de meus colegas, fui notando que o programa apesar de aumentar o acesso ao ensino superior, tem falhas e é ainda insuficiente se comparado a demanda. Posso dizer que a partir da minha pesquisa que o Prouni democratiza a educação, mas está aquém do necessário. Fomos buscar o surgimento dos primeiros cursos superiores, inclusive as primeiras instituições eram voltadas a grupos específicos da elite no Brasil.
Como estudante essa experiência me trouxe um repertório muito maior do que eu tinha, ainda que eu pertença a grupos minorizados, eu não tinha tanto essa consciência. Então obter este conhecimento em relação ao lugar que ocupo, me acrescentou muito. A pesquisa, o contato com os professores que, até então nunca tinha sido tão próximo, tudo isso impactou de forma positiva minha vida.

Yasmim Costa, sob orienntação do prof. Pedro Aguerre, Econômia


A partir da terapia fenomenológica, que dentre outras possibilidades propõe uma relação horizontal entre terapeuta e paciente, a gente consiga acessar o que precisamos trabalhar na terapia, entretanto sabemos que há barreiras que chamamos de tonalidades afetivas, como a dor, medo, vergonha etc, que enrijecem as pessoas dificultando que falem sobre seus pesares. O que pode paralisar a terapia. Nossa ideia é que a micro dosagem psicodélica possa ajudar a dar essa caminhada, como facilitadores da terapia.
É muito desafiador falar sobre drogas psicodélicas, as vezes malvistas pelo senso comum e até mesmo nas comunidades científicas, nós três nos interessamos muito por esse tema, e não teríamos esse aprofundamento que tivemos nos anos de graduação, não fosse este programa de iniciação científica.

Beatriz Sayuri Ando de Mello Araújo, sob orientação do prof. Marcelo Sodelli, Psicologia. Grupo: Diego Cianelli e Vitor de Lucca M. Tancredi.


Gostaria que as pessoas entendessem como o algoritmo racista funciona a partir do conservadorismo e da extrema-direita, além de investigar como contribui para que extremistas alcançassem o executivo e o legislativo, no Brasil e, posteriormente, como esse poder político usufruiu da falta de regulamentação para crescer e colocar em vigor pautas e valores preconceituosos e racistas, que vão contra as causas identitárias. 
Comecei tentando entender a origem do bolsonarismo, porém percebi que havia para esse entendimento, algo muito valioso que era a compreensão algorítmica, daí percebi que havia coisa além do contexto político e da ideologia. A questão é como os algoritmos podem influenciar questões sociais atualmente, fui pesquisar mais sobre isso e percebi que meu enfoque deveria ser no digital e no que está acontecendo e como isso impacta o eleitor e a vida como um todo.

Fernada Silva Queme (Jornalismo), sob orientação de Rafael de Paula Aguiar Araújo, Ciências Sociais. Grupo: Maria Frenanda Borges Inati.
 

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