PUC-SP realiza ação gratuita de prevenção a doenças renais em Sorocaba

Em 14/3, numa ação alusiva ao Dia Mundial do Rim, a Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP, em parceria com a Sociedade de Nefrologia do Estado de São Paulo (Sonesp), levou serviços gratuitos de saúde ao supermercado Tauste Campolim, em Sorocaba. A iniciativa focou na prevenção e diagnóstico precoce de doenças renais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), cerca de 850 milhões de pessoas no mundo têm doença renal crônica. No Brasil, em torno de 21 milhões de brasileiros convivem com algum grau da doença, mas muitos desconhecem esse diagnóstico.
Durante a ação, equipes formadas por professores e estudantes da FCMS realizaram aferição de pressão arterial, medição de frequência cardíaca, avaliação de peso e altura e exame rápido de creatinina (via punção digital) para grupos de risco.
Tereza Idêncio, uma das participantes da ação, aproveitou a oportunidade para fazer os exames. “Tenho problemas de saúde, como asma e pressão alta, então esta foi uma chance importante para verificar a saúde dos meus rins”, relatou.
Uma doença silenciosa
“A creatinina alterada é tão prejudicial quanto o colesterol alto, mas as pessoas desconhecem isso”, alertou a profa. Cibele Isaac Saad Rodrigues (Medicina), vice-presidente da Sonesp e diretora do departamento de hipertensão da SBN. “A creatinina é um exame simples, que pode ser realizado na ponta do dedo, como fizemos na campanha, ou ser dosada no sangue, e indica se o rim está funcionando adequadamente.”
Nicolas Jordi Barbieri, médico residente do programa de Nefrologia, destacou a natureza silenciosa da doença: “Cerca de 10% da população tem doença renal crônica, mas a maior parte das pessoas nem sabe que tem algum problema nos rins”. O nefrologista Ricardo Cadaval, docente da FCMS e diretor da regional Sorocaba da Sonesp, complementou: “Muitos pacientes só descobrem problemas renais em estágio avançado, quando já é tarde, e chegam ao nefrologista precisando de hemodiálise ou diálise peritoneal”.
Grupos de risco precisam de atenção especial
Para as estudantes do 6º ano de Medicina Beatriz Zuma, Júlia Edith Pilar e Ana Paula Vilela de Faria, a campanha teve duplo benefício. “Esta ação nos permitiu alertar a população e, ao mesmo tempo, praticar procedimentos importantes para nossa formação”, explicaram. “As doenças renais são muito importantes e podem ser prevenidas. É isso que fizemos hoje: voltar a atenção das pessoas para esses problemas.”
Durante a ação, as equipes dedicaram-se principalmente aos grupos de maior risco: pessoas com hipertensão, diabetes, obesidade, idosos e pessoas com histórico familiar ou pessoal de doença renal. Segundo a SBN, esses grupos devem manter acompanhamento regular e realizar exames preventivos periodicamente.